• Em 100 anos, projeto estará marcado positivamente, diz relator do PL da adultização
    Aug 21 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (20) é o deputado federal Jadyel Alencar (Republicanos-PI). Ao jornalista Thiago Nolasco, ele fala sobre o processo de elaboração do projeto de lei 2.628/2022, do qual é relator. Conhecido como PL da "adultização", o texto dispõe sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. Jadyel Alencar conta que recebeu o PL em 30 de abril deste ano e, de lá para cá, participou de 53 reuniões com especialistas, representantes das plataformas digitais, dos Três Poderes, membros do Ministério Público e a sociedade civil organizada, com o objetivo de aprimorar o projeto. “Foi realmente muito bem construído, um texto que nós entregamos maduro. Tivemos o cuidado em cada palavra, em cada linha, para não deixar nada que possa trazer censura, vedação, liberdade de expressão”, salienta. O deputado ressalta que, apesar de ter um caráter suprapartidário, o PL é questionado pela oposição — que alega risco de censura. “O deputado Nicolas e o PL [Partido Liberal], por exemplo, têm um receio grande da Autoridade Nacional, mas nós fizemos questão de, tecnicamente, explicar o que é isto ao PL e ao deputado Nicolas”, afirma. A Autoridade Nacional, de acordo com o relator, seria um agente de fiscalização do ambiente digital. “Pode ser uma agência, uma autoridade nacional de verificação de conteúdos nocivos. Por exemplo, uma pessoa civil verifica que, em uma plataforma, há um conteúdo direcionado à pedofilia. Então, a Autoridade Nacional verifica o conteúdo e faz um indicativo para que a plataforma tire do ar. Se ela não remover, a autoridade notifica. E vai aumentando o nível de sanções”, explica. Outras medidas contidas no projeto de lei referem-se à obrigatoriedade de haver canais de denúncias em português e à presença no Brasil de um responsável legal pelas plataformas estrangeiras. “Daqui a 100 anos, 200 anos, esse projeto estará marcado positivamente. Ele traz um regramento claro para que as crianças possam estar na rede, mas protegidas da pedofilia, adultização, automutilação, publicidade de jogos de azar”, conclui o deputado.O JR Entrevista também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no RecordPlus.

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  • 'No DF, cartel gera dano de R$ 2 bi por ano aos consumidores’, diz presidente do Cade
    Aug 14 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (13) é o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gustavo Augusto Freitas. Ao jornalista Yuri Achcar, ele comenta sobre recentes investigações cujos alvos são postos de combustíveis, a necessidade de parceria com autoridades policiais e o papel do Cade quando há concentração de empresas de um mesmo setor.


    À frente da autarquia desde 14 de julho deste ano, Gustavo Freitas destaca que o cartel é um crime que envolve uma série de condutas ilícitas e demanda investigações aprofundadas. Em um caso recente, oito redes de postos de combustível do Distrito Federal foram punidas e tiveram de desembolsar R$ 245 milhões em multas.


    "É um trabalho de combate ao crime organizado. Não é como se fossem dois donos de padaria combinando preço de pão. Quando a gente faz interceptação telefônica, vê que tem ameaças. São grupos grandes, que mexem com muito dinheiro e, às vezes, associados à lavagem de dinheiro, corrupção, a crime ambiental", detalha.

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    39 mins
  • Ministro das Comunicações indicado pelo União Brasil diz esperar permanecer no cargo
    Aug 7 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (6) é o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho. À jornalista Tainá Farfan, ele comenta sobre uma reunião que teve há pouco mais de uma semana com o presidente Lula, a implantação da TV 3.0 no Brasil e a necessidade de melhorar a infraestrutura do país.
    Nomeado por Lula em abril deste ano — após indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, apoiada pelo União Brasil —, Siqueira Filho conta que, no encontro com o presidente Lula, ele manifestou o desejo de seguir no comando do ministério das Comunicações. A reunião foi marcada pelo Planalto após críticas do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, às contas públicas do governo e à postura de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump.

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  • “Não seremos tratados como puxadinho dos EUA”, diz presidente nacional do PT
    Jul 31 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (30) é o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva. Ao jornalista Yuri Achcar, ele fala sobre a taxação de 50% a produtos brasileiros, questiona o sistema de governo brasileiro, avalia o mandato de Lula e declara que o presidente será candidato à reeleição em 2026.


    Eleito em 6 de julho para presidir o partido com a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, Edinho Silva avalia como correta a postura adotada pelo governo brasileiro de tentar negociar com os Estados Unidos uma solução para o tarifaço — cuja ordem executiva foi assinada pelo presidente Donald Trump nesta quarta-feira. Ele lembra que os EUA historicamente têm uma balança comercial favorável em relação ao Brasil, e, portanto, a medida não teria respaldo econômico.


    “Começa a parecer que o que de fato tem movido os Estados Unidos é a participação do Brasil nos Brics. Mas isso é um equívoco. Trump não pode impedir que o Brasil construa relações comerciais com outros países”, afirma, acrescentando que os EUA precisam respeitar a soberania brasileira. “Não seremos tratados como puxadinho dos Estados Unidos, não formamos o quintal deles. Somos um povo, uma nação. A soberania brasileira é inegociável.

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    28 mins
  • 'Os municípios são dependentes de emendas parlamentares’, diz prefeito de Uberlândia
    Jul 24 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (23) é o prefeito de Uberlância (MG), Paulo César Ferreira. À jornalista Vanessa Lima, ele comenta sobre os impactos do tarifaço imposto por Donald Trump a produtos brasileiros, a importância das emendas parlamentares para o município e os desafios do governo nos primeiros seis meses de mandato.


    Eleito no primeiro turno com 52% dos votos, Paulo César ressalta que Uberlândia é um importante polo econômico, com destaque para o agronegócio e o setor industrial. Por esse motivo, o município, cujo PIB é o 27º maior do país, pode ser bastante prejudicado pela taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


    A tarifa, de 50%, está marcada para entrar em vigor em 1º de agosto. “Estamos muito preocupados com o tarifaço e esperamos que o governo federal acerte os ponteiros com o governo americano rapidamente”, declara.


    Na entrevista, o gestor conta que o município recebe recursos de deputados estaduais e federais — as emendas parlamentares —, destinados principalmente a serviços de saúde. “[Um corte nas emendas] pode afetar muito as principais cidades brasileiras. Não estou vendo cor partidária. O que queremos é o benefício da nossa população e, por isso, estamos sempre em Brasília buscando recursos”, conta.


    A saúde, aliás, é um dos desafios do prefeito. Segundo ele, 37% do orçamento de Uberlândia são destinados à área. “O município é um polo regional de saúde, cuidamos de várias cidades da região. Estamos fazendo mudanças, começando a implantar o Samu na cidade”, afirma.


    O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

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  • 'Belém vai debater o futuro da humanidade’, diz diretora executiva da COP30
    Jul 18 2025

    A convidada do JR ENTREVISTA desta quinta-feira (17) é a diretora executiva da COP30, Ana Toni. Ao jornalista Yuri Achcar, ela fala sobre os desafios para combater as mudanças do clima, o papel do Brasil neste debate e como a cidade de Belém se prepara para o evento, marcado para novembro. Economista e doutora em Ciência Política, Ana Toni comenta sobre a vulnerabilidade dos países, tanto do Norte quanto do Sul global, diante dos efeitos das mudanças climáticas. Tragédias recentes, como os incêndios em Los Angeles (EUA), as enchentes no Rio Grande do Sul e a onda de calor na Europa evidenciam a urgência de ações sustentáveis para garantir a vida na Terra. “Belém vai debater não só o futuro do planeta, mas, principalmente, o futuro da humanidade. Porque somos nós, seres humanos, que estamos tendo de lidar com as consequências da mudança do clima”, ressalta. O evento na capital paraense, segundo a diretora executiva, pretende “acelerar” a ação de todos os atores envolvidos no processo de transição para uma economia que garanta a sustentabilidade do meio ambiente e, ao mesmo tempo, invista na prosperidade das pessoas. De acordo com Ana Toni, a prioridade na COP30 é apresentar soluções práticas, não só para os governos, mas para a iniciativa privada e a sociedade civil. NA PRÁTICA“Nas últimas 30 COPs, a gente ficou muito no processo diplomático de olhar que frase vai aqui, que palavrinha vai ali. Nesta COP, é ver o que fazer para que os governos subnacionais, o setor privado, a sociedade civil e a população em geral possam falar: ‘Tá, como eu contribuo para a mudança do clima?’”, explica. Apesar de medidas consideradas um retrocesso na agenda ambiental, como a aprovação, nesta quinta-feira (17), da Lei Geral de Licenciamento Ambiental por parte do Congresso, a diretora da COP30 salienta que o Brasil tem se destacado no combate ao desmatamento. “Nos últimos dois anos, o Brasil combateu em 46% o desmatamento. Não teve nenhum país no mundo que tenha feito isso, em um espaço tão e num território tão grande”.BELÉM NÃO É DUBAIAna Toni conta que, além de se hospedarem em hotéis, os participantes da COP poderão se acomodar em navios durante a COP. Ela garante que Belém estará preparada para o evento. “As pessoas são maravilhosas, generosas, a alimentação é uma das melhores do Brasil. Não tenho dúvida de que vai ser uma COP magnífica, de um jeito muito brasileiro, amazônico. Belém não é Dubai nem nunca quis ser.”O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

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    31 mins
  • Brasil não deve entrar em um ‘duelo de tarifas’ com EUA, diz Renato Casagrande
    Jul 17 2025

    O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (16) é o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). À jornalista Tainá Farfan, ele avaliou o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como um ato político e ideológico. Casagrande sugeriu que o governo busque todas as formas de comunicação e contato com os EUA até 1º de agosto, data prevista para a entrada em vigor do imposto, e alertou que o Brasil não deve entrar em um “duelo de tarifas”.


    “Acho que agora até o final do mês, até o dia 1º de agosto, quando a tarifa está anunciada para entrar em vigência, é muito bom, é muito importante que o governo busque todas as formas de comunicação e de contato com o governo do presidente Trump, sabendo que não é fácil, porque é um governo diferente de outros governos, não tem um canal institucional de comunicação. Mas o Brasil não pode entrar num duelo de tarifas. Os Estados Unidos sacam a tarifa de lá, o brasileiro sacam com a tarifa de cá. Então, a gente tem que ver nesse momento de negociação, jogar peso nela. Se não tiver negociação, aí sim, a partir do dia 1º, avalie o que a gente pode fazer”, destacou.


    Casagrande comentou que as tarifas têm um impacto significativo em setores brasileiros importantes como aço, celulose, café e pedras ornamentais, além de empresas como a Embraer. Para o Espírito Santo, o governador disse que os setores mais impactados seriam aço, celulose, café, frutas e petróleo. Ele comentou que quase 30% das exportações do Espírito Santo são destinadas aos Estados Unidos, o que demonstra o grande interesse do estado na questão.


    O governador considerou a reação do Brasil de condenação à interferência externa como "adequada", pois nenhum país pode aceitar um ataque à sua soberania. No entanto, ele enfatizou a necessidade de, ao mesmo tempo em que se condena, abrir diálogo com o governo americano. O objetivo, segundo Casagrande, deve ser proteger a população brasileira, os empregos e evitar pressão inflacionária.


    Casagrande ainda analisou a polêmica em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), destacando que o interesse original é buscar o equilíbrio das contas públicas em um país com desequilíbrio fiscal, que gera desconfiança e eleva as taxas de juros. Ele argumentou que o corte de despesas é um assunto que exige o acordo e entendimento de todos os Poderes, e que cada um precisa fazer sua parte


    Na entrevista, o governador também comentou que, por ser um estado com população menor (4 milhões de habitantes), o Espírito Santo precisa ser muito eficiente para se tornar uma porta de entrada de produtos do mundo para o Brasil e de saída do Brasil para o mundo. Para isso, ele defendeu bons investimentos em ferrovias, rodovias e portos.


    Além disso, Casagrande destacou as políticas eficazes que levaram o Espírito Santo a ser o primeiro colocado no ensino médio no Brasil e o terceiro na alfabetização na idade certa (crianças alfabetizadas até os 7 anos). Ele mencionou a implementação de educação em tempo integral em 60% das escolas e 1/3 das escolas de ensino médio com educação técnica e profissional.


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  • 'A principal droga no país é o álcool', diz secretária de Políticas sobre Drogas
    Jun 27 2025

    A convidada do JR ENTREVISTA desta quinta-feira (26) é a secretária Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Marta Machado. À jornalista Vanessa Lima, ela falou sobre a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, celebrada nesta semana, e como combater o uso dessas substâncias. Segundo Marta, o foco da secretaria tem sido a prevenção ao uso das drogas, principalmente o uso precoce entre adolescentes. Ela frisa que “a principal droga no país é o álcool” e também o que mais apresenta complicações para a saúde. “O álcool é o maior problema de prevalência de consumo, de riscos da saúde e de violências associadas ainda, e é uma droga lícita”, destaca. Por isso, ela explica que é tão importante o trabalho feito dentro das escolas e com a família. “A gente tenta trabalhar tanto com as famílias como com as escolas para tentar criar essa cultura de prevenção, e isso a gente tem feito aplicado em larga escala no país”, afirma. Ela explica que ao longo do tempo se percebeu que é muito mais efetivo que essa conversa sobre prevenção venha de professores do que de uma autoridade policial. “Muitas vezes, a figura da autoridade, diante de um adolescente que está numa idade justamente de contrariar a autoridade, esse pode ser um problema, muitas vezes a droga é apresentada naquele momento e pode despertar curiosidade, então já há pesquisas dizendo que essa não é a melhor estratégia, que essa pode ter um efeito inverso. O trabalho com os professores, que são as pessoas de confiança dos adolescentes, isso já temos evidência de que isso tem muito mais impacto realmente na proteção das crianças e dos adolescentes”, ressalta. A secretária também afirma que nunca antes foi feito tanto investimento em prevenção como está sendo feito agora. Eu diria que nunca foi investido tanto dinheiro e tanto recursos em prevenção. Para você ter uma ideia, a gente investiu na prevenção primária, até agora que são esses programas que eu mencionei, R$ 58 milhões e R$ 49 milhões em um outro programa”, detalha. O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

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    37 mins