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Brasil não deve entrar em um ‘duelo de tarifas’ com EUA, diz Renato Casagrande

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O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (16) é o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). À jornalista Tainá Farfan, ele avaliou o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como um ato político e ideológico. Casagrande sugeriu que o governo busque todas as formas de comunicação e contato com os EUA até 1º de agosto, data prevista para a entrada em vigor do imposto, e alertou que o Brasil não deve entrar em um “duelo de tarifas”.


“Acho que agora até o final do mês, até o dia 1º de agosto, quando a tarifa está anunciada para entrar em vigência, é muito bom, é muito importante que o governo busque todas as formas de comunicação e de contato com o governo do presidente Trump, sabendo que não é fácil, porque é um governo diferente de outros governos, não tem um canal institucional de comunicação. Mas o Brasil não pode entrar num duelo de tarifas. Os Estados Unidos sacam a tarifa de lá, o brasileiro sacam com a tarifa de cá. Então, a gente tem que ver nesse momento de negociação, jogar peso nela. Se não tiver negociação, aí sim, a partir do dia 1º, avalie o que a gente pode fazer”, destacou.


Casagrande comentou que as tarifas têm um impacto significativo em setores brasileiros importantes como aço, celulose, café e pedras ornamentais, além de empresas como a Embraer. Para o Espírito Santo, o governador disse que os setores mais impactados seriam aço, celulose, café, frutas e petróleo. Ele comentou que quase 30% das exportações do Espírito Santo são destinadas aos Estados Unidos, o que demonstra o grande interesse do estado na questão.


O governador considerou a reação do Brasil de condenação à interferência externa como "adequada", pois nenhum país pode aceitar um ataque à sua soberania. No entanto, ele enfatizou a necessidade de, ao mesmo tempo em que se condena, abrir diálogo com o governo americano. O objetivo, segundo Casagrande, deve ser proteger a população brasileira, os empregos e evitar pressão inflacionária.


Casagrande ainda analisou a polêmica em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), destacando que o interesse original é buscar o equilíbrio das contas públicas em um país com desequilíbrio fiscal, que gera desconfiança e eleva as taxas de juros. Ele argumentou que o corte de despesas é um assunto que exige o acordo e entendimento de todos os Poderes, e que cada um precisa fazer sua parte


Na entrevista, o governador também comentou que, por ser um estado com população menor (4 milhões de habitantes), o Espírito Santo precisa ser muito eficiente para se tornar uma porta de entrada de produtos do mundo para o Brasil e de saída do Brasil para o mundo. Para isso, ele defendeu bons investimentos em ferrovias, rodovias e portos.


Além disso, Casagrande destacou as políticas eficazes que levaram o Espírito Santo a ser o primeiro colocado no ensino médio no Brasil e o terceiro na alfabetização na idade certa (crianças alfabetizadas até os 7 anos). Ele mencionou a implementação de educação em tempo integral em 60% das escolas e 1/3 das escolas de ensino médio com educação técnica e profissional.


O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

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