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  • BALAPINA #010 - A [não] existência de Deus
    Apr 22 2025

    Deus não existe, Ele é.

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    55 mins
  • INTEXTINUM #004 - Cemitério de amores falhos
    Mar 23 2025

    Texto do inteXtino - Cemitério de amores falhos:




    Vejo sumir

    Sinto o bem se esvair

    Sinto a dor tomar meu coração

    A conformidade arromba as portas do eu.

    O eu lírico, este que vos fala

    Sangra, sangra e chora bem baixinho, gemendo, grunhindo.

    Me pergunto se essa dor poderá acabar

    Me pergunto como levar abaixo os muros deste labirinto sombrio, frio, mesquinho

    Este labirinto que chamo de mente e ser, a consciência cega do ser total.

    Eu a deixei, eu a deixei livre, livre de mim

    Soltei-a e apesar da falta, apesar do querer

    Me privei de sentir, me privei de pensar e me deliciei em meu penar.

    Lá se vai

    Até o findar da semana aqui ela já não estará,

    Perdê-la-ei!

    Ela vai e corre

    Eu previ, eu sabia

    Por me sufocar em minha própria pele há muito tempo, tenho experiência

    Experiência que eu não sei usar.

    Talvez eu seja uma aberração. Provavelmente sou uma.

    Onde eu erro?

    Onde acerto?

    Se acerto.

    Por que parte de mim creu que dessa vez seria diferente?

    Bom pra mim,

    Que me resguardei em entregar-me,

    Que desconfiei antes de envenenar-me.

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    2 mins
  • INTEXTINUM #003 - Cãibra espiritual
    Mar 23 2025

    Texto do inteXtino




    Cãibra espiritual


    A tristeza te consome de dentro para fora

    Preenche os espaços antes ocupados pela vontade

    Te revira, te devora como lobos devoram uma presa

    Te esvazia e abandona sua carcaça quando você desiste de lutar

    Seus sentimentos são entregues a ela

    E tudo o que você conhece é da forma como ela te mostra

    Como uma placa que tampa sua visão

    Te impedindo de ver as possibilidades à frente

    Não abra mão

    Levante-se mesmo que não queira

    Tente uma vez

    Levante-se

    Vamos caminhar

    Vamos ver o sol, ele nasceu mais um dia

    Nasceu mais um dia para mim e para você

    Não falo como se estivesse fora da gaiola

    Mas estou me libertando

    Eu acho.

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    1 min
  • BALAPINA #009 - Vítimas da vida
    Dec 22 2024

    Não sejamos vítimas da vida. Todo sofrimento é um aprimoramento, desde que você o suporte até o final.

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    12 mins
  • INTEXTINUM #002 - i burned a cd for mary
    Apr 14 2024

    Texto do inteXtino - Escrito para a Mabel.




    i burned a cd for mary


    Bela margarida,

    Esculpida com delicadeza, banhada em feminilidade;

    Um prazer tê-la em meu jardim.


    No sexto andar do ano, na primeira porta

    Nasceram os olhos castanhos que aprisionam-me a mente

    As mãos que falam, a boca que me toca, os braços que me acorrentam;

    Chegaram, feito um presente para mim.


    Dez ou onze andares sem você

    Pergunto-me se pensavas em mim, se lembravas;

    Despretenciosa, a princesa retorna ao castelo

    Ao império que criara em minha mente.


    Eu, camponês inexperiente

    Surpreendo-me com o retorno

    E feito erupção

    Ela inunda a Pompeia do meu coração.


    Oh, Antonieta

    Não me expulse de seu palácio;

    Você é meu centro

    Para visitar seu jardim, clamo por direito.


    Majestosa

    Ela poderia ter qualquer pessoa no mundo;

    Magnífica

    Ensina-me o que afeto significa;

    Manhosa

    Mostra-me o morango de seus lábios;

    Maria

    Se este que vos fala a perdesse, jamais se conformaria.


    Seus olhos, íris tingida pelos dedos de Deus,

    Beijo sereia, strawberry fields forever;

    A garota mais bonita que conheço

    Poderia eu competir para tê-la?


    Perdido no labirinto de seus cabelos, não busco saídas

    Abaixo de suas delicadas orelhas, em forma de pequenas pintas, há o respingo dos pincéis celestes que pigmentaram sua pele

    Terra onde seus pelos germinam e que observo sem distrações.


    Aí vem o sol e os feixes que se entrelaçam por entre as árvores

    Assim são seus dedos entrelaçados aos meus;

    O calor de sua mão mantém viva a lavoura,

    Mantém fértil o coração camponês.


    Gravei um CD

    Com canções que me lembravam dela.


    A razão da existência do universo está voltada para ela

    Penso comigo, quem me dera tê-la.


    by

    Gabryel Daibs

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    2 mins
  • BALAPINA #008 - Instagram, o dono de humanos rasos
    Apr 7 2024
    11 mins
  • INTEXTINUM #001 - Os campos da dor
    Mar 27 2024

    Texto do inteXtino - Escrito por este que vos fala após as 3 primeiras semanas sem crises depressivas, sobre o desconforto de sentir-se bem, sentimento esse, estranho até então.




    Os campos da dor

    Me sinto bem, me sinto neutralizado

    Mas sinto saudade do fundo do poço

    Saudades de cirandar com a angústia pelos vales da dor.

    É normal que eu sinta falta da essência dos sentimentos ruins?

    É normal que eu deseje me perder pela última vez nos labirintos do meu cérebro?

    Eu ainda seria considerado normal se por ventura quisesse pela última vez sentir dor no espírito?


    Estou órfão de minha dor, há dias que ela não me visita

    Passei tanto tempo com ela, agora que a perdi, não sei lidar com a sobriedade .


    Deixe embriagar-me, deixe-me soluçar e regurgitar com o cálice da dor, só mais esta vez

    Explique-me a abstinência da dor, porquê tenho saudades do poço?!

    Estou sem ela, aquela que costumava me definir, me moldar

    Onde irei me apoiar?

    Se tirando a tristeza eu também desapareço.


    by Gabryel Daibs

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    1 min
  • BALAPINA #007 - Bateria social
    Jan 27 2024

    Sobre a indisposição social.

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    13 mins