No "Política na Veia" desta semana, Claudio Couto e Luis Nassif comentam o périplo do presidente Lula pela Rússia e China. Em Moscou, o presidente se encontrou com Vladimir Putin e acompanhou a parada do Dia da Vitória, em comemoração ao fim da Segunda Guerra — ao mesmo tempo em que, a cerca de três mil quilômetros dali, a guerra entre Rússia e Ucrânia segue sem definição, após mais de três anos de confronto. Já em Pequim, Lula participou da cúpula entre China e a CELAC (Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos), participou de atividades junto ao presidente Xi Jinping e defendeu a parceria estratégica entre Brasil e o país asiático. A jornada, entretanto, foi alvo de críticas na imprensa brasileira, que acusou o presidente de se alinhar a "regimes autoritários".

Veja também: As negociações sobre as tarifas de Donald Trump. A imagem do governo Lula, após a crise do INSS. E o que a equipe do podcast pensa sobre a chegada de Carlo Ancelotti ao comando da seleção? O técnico italiano confirmou, nesta terça-feira 13, ter acertado o seu contrato com a CBF para treinar a equipe brasileira.

O presidente Lula anunciou, na segunda-feira 5, a saída de Cida Gonçalves da chefia do Ministério das Mulheres. Ela será substituída por Márcia Lopes, que já ocupou o posto de ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no segundo governo Lula. Não houve qualquer justificativa oficial para a mudança. Para além desta troca, entretanto, a maioria das mudanças ministeriais do governo Lula foram motivadas por crises externas. Seria a inexistência de uma reforma ministerial, faltando cerca de um ano para o início do próximo período eleitoral, um sinal da falência do atual sistema do presidencialismo de coalizão?

Ainda nesta edição: Aproveitando a crise do INSS, liberais preparam uma nova ofensiva em prol da reforma da Previdência. O julgamento do quarto núcleo dos golpistas do 8 de Janeiro. A viagem do presidente Lula à Rússia e à China. E uma nova pesquisa revela o tamanho do problema da educação: 29% dos brasileiros entre 14 e 64 anos são analfabetos funcionais.

O podcast "Política na Veia" conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação.

Com a popularidade do governo Lula dando os primeiros sinais de recuperação, uma nova crise atinge o Executivo: Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, foi demitido após ser alvo de uma operação da Polícia Federal contra fraudes bilionárias no instituto. Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, afirmou que não pretende deixar o cargo — afirma, portanto, que uma eventual demissão teria de partir do presidente da República. Qual será o tamanho do buraco que essa crise irá causar na imagem de Lula? A saída de Lupi significará o desembarque do PDT da base? O governo conseguirá manobrar ao redor das fake news sobre o caso?

Veja também: Davi Alcolumbre, presidente do Senado, deve apresentar um projeto de lei em alternativa ao PL da Anistia proposto pelos bolsonaristas. A proposta quer garantir uma punição "proporcional" aos acusados pelos ataques do 8 de Janeiro. Por outro lado, o texto deve aumentar as punições para lideranças de tentativas de golpe de estado — caso de Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos.

Ainda nesta edição: os primeiros cem dias do governo Donald Trump. A prisão de Fernando Collor. E a nova camisa vermelha da seleção brasileira de futebol.

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O episódio desta semana trata do falecimento do papa Francisco. O líder da Igreja Católica faleceu na madrugada da segunda-feira 21 e seu velório deve ter início nesta quarta-feira 23. Nos bastidores do Vaticano, entretanto, já começaram os jogos políticos para a sucessão do pontífice. A equipe do "Política na Veia" comenta o processo eleitoral do Conclave, as expectativas para o futuro papa e o legado de Francisco. Ainda nesta edição: o início do julgamento do segundo núcleo dos golpistas no Supremo Tribunal Federal (STF), o debate sobre a Anistia no Congresso, os 40 anos da morte de Tancredo Neves e as novas polêmicas em torno das contas do governo.

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O líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalvante, protocolou na segunda-feira 14 o requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto que perdoa os golpistas condenados por ligação com o 8 de Janeiro. Se aprovada, a urgência permitirá que o texto siga direto para votação no plenário, sem ter de passar pelas comissões temáticas. De acordo com o parlamentar, a lista tem 264 signatários, de doze partidos. Entre eles, ao menos quatro controlam ministérios no governo Lula. Apesar do pedido, é pouco provável que a anistia seja posta em votação no Senado, ou que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere a matéria constitucional. Entretanto, a iniciativa busca salvar não apenas os "peixes pequenos" que participaram dos ataques à Praça dos Três Poderes mas, potencialmente, também os acusados de planejar o golpe, como o ex-capitão Jair Bolsonaro.

Ainda na Câmara, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, nesta quarta-feira 9, um parecer que recomenda a cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) por suposta quebra de decoro parlamentar, em decorrência de ter expulso a pontapés um militante do MBL que ofendeu sua mãe enquanto ela estava gravemente doente, em abril de 2024. O deputado federal continua sua greve de fome. A cassação de Glauber é dada como certa?

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O último fim de semana foi marcado por mais uma tentativa de Jair Bolsonaro e de seus aliados pressionarem o Congresso por um "PL da Anistia", que livraria de punição todos os envolvidos na trama golpista que culminou nos ataques do 8 de Janeiro — entre eles, o próprio ex-capitão. Bolsonaro se juntou a governadores amigos e outros representantes da extrema-direita na Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação que "flopou": foram cerca de 45 mil participantes do ato, número bem inferior aos 185 mil que se juntaram no mesmo local em fevereiro de 2024.

O ato enfraquecido é sinal de que a campanha pela anistia dos golpistas não tem mais fôlego? Para discutir o tema, o "Política na Veia" conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação.

Ainda neste episódio: as repercussões do "tarifaço" de Donald Trump e as respostas da China causam instabilidade na economia mundial. O debate sobre a PEC da Segurança Pública no Congresso. E o peculiar caso do juiz Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, magistrado paulista que, na verdade, se chama José Eduardo dos Reis.

No segundo episódio do "Política na Veia", a equipe discute as mobilizações no Congresso por um "PL da Anistia" — uma manobra para livrar de qualquer punição os participantes dos ataques do 8 de Janeiro e, de quebra, socorrer os próprios mandantes da tentativa de golpe, como Jair Bolsonaro. Motivados pela concessão de prisão domiciliar a Débora Rodrigues dos Santos, a cabeleireira que pichou a estátua da Justiça em frente ao STF com a frase "perdeu, mané", deputados bolsonaristas também partem para a discussão da dosimetria das penas impostas pelo Supremo aos envolvidos no 8/1.

Veja também: prestes a decretar taxas exorbitantes contra exportações de todos os países estrangeiros, o governo Trump continua os ataques contra imigrantes, as universidades e contra governadores e prefeitos democratas. O gabinete do bilionário, agora, aposta também na chantagem financeira, ameaçando reter repasses para dirigentes que não derrubarem políticas de defesa de minorias.

O "Política na Veia" conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação.

O Política na Veia retorna ao ar em formato de podcast. No primeiro episódio do ano, Sergio Lirio, Luís Nassif e Claudio Couto comentam o primeiro dia do julgamento da denúncia contra os golpistas no Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão deixa o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados sob risco real de condenação por crimes como abolição violenta do estado democrático de direito. Além de Bolsonaro, figuram como denunciados Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF), general Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Veja também: o caso Zambelli. Mesmo com o ministro Kássio Nunes Marques interrompendo o julgamento com um pedido de vistas, o STF já formou maioria para condenar a deputada bolsonarista a 5 anos e 3 meses de prisão. Na véspera do segundo turno de 2022, Zambelli sacou uma arma e perseguiu um opositor pelas ruas de um bairro nobre da capital paulista.

O POLÍTICA NA VEIA conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação.