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  • O Galeto e a arte de recomeçar
    Aug 21 2025

    Depois de um período sombrio, a comida do Galeto pareceu melhor a Ricardo Dias Felner.

    Foi lá comer depois de receber uma chamada de Eduardo. O amigo estava em baixo, a namorada tinha acabado com ele há umas horas, a filha preparava-se para sair de casa, o emprego não lhe dava tempo para ir à consulta do joelho, nem dos olhos, nem para a família, nem para nada. “Para já, precisas de te alimentar”, foi o que lhe disse e lá foram os dois até ao restaurante que em 2006 tinha sido fechado pela ASAE.

    “É muito difícil mudar a imagem de um restaurante. Mas o Galeto mostrou que é possível. Teve a humildade de deixar tudo na mesma, menos o que estava mal”, conclui. O restaurante foi capaz de se resgatar a si próprio, mas também o amigo que acabou a refeição sorridente. Esta crónica do podcast 'O Homem que Comia Tudo' é sobre a possibilidade de ressurreição. Ouça aqui o novo episódio.

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    7 mins
  • Lamber ou morder o gelado, bola de Berlim com ou sem creme e peixe escalado ou não escalado: polémicas de verão
    Aug 14 2025

    Lamber ou morder o gelado, bola de Berlim com ou sem creme, bitoque com ou sem arroz, natas na massa é errado ou pizza com ananás. São muitas outras polémicas do mundo culinário que dividem os bons garfos, mas há uma em particular que ressurge com principal incidência no verão: peixe escalado ou não escalado?

    Não há respostas certas, mas deixem que Ricardo Dias Felner vos convença do contrário. Qual é a melhor arte de grelhar peixe? Saiba a resposta neste episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'.

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    6 mins
  • Ainda se lembra ao que sabiam as ameixas da sua infância?
    Aug 7 2025

    Quando foi a última vez que comeu uma ameixa extraordinária?

    Ricardo Dias Felner não come uma ameixa decente desde que era miúdo e trepava às árvores. Neste episódio, recorda o parque da sua infância onde havia uma ameixeira, com ameixas tão suculentas que o seu sumo escorria pela camisa. Ia lá namorar, lambuzar-se de beijos - e de ameixas.

    As ameixas dos supermercados hoje, por seu lado, podem ser espremidas que não se lhes saca uma gota. “Servem para jogar hóquei, não servem para comer, muito menos para beijar”, critica. Porque é que a fruta já não é o que era? Não é só a nostalgia de infância, 'O Homem que Comia Tudo' acredita que os responsáveis são muitos - os agricultores, os cientista, a indústria. Ouça aqui o novo episódio do podcast.

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    6 mins
  • Quando a crítica de restaurantes se transforma em reforço positivo, corremos o risco de só restarem falsos elogios e chefes mimados
    Jul 31 2025

    Ricardo Dias Felner já anda com os pés na areia e, numa das suas mais recente interações, tirou conclusões sobre a falta de crítica que existe nos areais da praia, mas também nas cozinhas mais prestigiadas do mundo.

    Depois de levar sucessivamente com boladas de uma criança que brincava ao seu lado na praia, percebeu que a falta de repreendas da mãe, junto com uma atitude defensiva e protetora de qualquer atitude da cria, podia ser a causa de muitos chefes mimados que hoje expulsam críticos gastronómicos dos seus restaurantes. “Os críticos estão em vias de extinção. Seja nos areais do Guincho seja no jornalismo”, garante.

    Ouça aqui a mais recente crónica d'O Homem que Comia Tudo' na versão podcast.

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    6 mins
  • A obsessão portuguesa pelo arroz soltinho:‌ uma cápsula de nada sem sabor
    Jul 24 2025

    Já há arroz de genética 100% portuguesa. Primeiro, surgiu o Caravela e, só mais recentemente, o Ceres. Ricardo Dias Felner provou os dois e não tem dúvidas: o Ceres bate o Caravela em tudo - goma, aroma, sabor e todas as outras características que tornam um carolino especial.

    Mas, hoje em dia, na verdade, o crítico nota que já pouco interessa aos portugueses a qualidade do arroz. “Os carolinos bons que faziam os malandrinhos de sonho deste país, das cabidelas às arrozadas de peixe e tomate, estão a desaparecer”, lamenta. Foram substituídos por “bagos insípidos ou asiáticos, como são os agulha, os basmati ou, horror dos horrores, os vaporizados”. A crónica desta semana d’O Homem que Comia Tudo é uma ode ao arroz malandrinho. Ouça aqui em podcast.

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    7 mins
  • “De Espanha, nem bom vento nem boa comida”: o maior conflito ibérico é sobre gastronomia
    Jul 17 2025

    Ao longo dos anos, Ricardo Dias Felner tem falado com alguns chefes espanhóis para perceber o que conhecem da cozinha portuguesa. “A ignorância é assustadora. Como se houvesse um muro a dividir a Ibéria. Como se além desse muro estivesse um retângulo insípido e apátrida”, conclui.

    A mãe do crítico sempre disse, a vida toda, “de Espanha nem bom vento nem boa comida”. Mas Ricardo Dias Felner não concorda, trata-se de um conflito secular, e neste episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo' deixa um apelo: “Está na altura de acabarmos com esse equívoco. Azias há muitas, em todo o mundo. A cozinha espanhola é uma maravilha, a nossa também”. Conheça aqui o que têm de melhor.

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    6 mins
  • O porquê do tesão português pela sardinha precoce
    Jul 10 2025

    Em junho, os portugueses consumiram já muita sardinha, mês em que o peixe ainda está curto, magro e caro, com os recordes de preço a acontecerem no fim de semana do São João. Segundo Ricardo Dias Felner, isto sucede porque, mal vêm os dias longos e mornos, ficamos com o tesão da sardinha.

    O tesão da sardinha vai contra tudo e contra todos. Passa-se com as sardinhas o que se passa com as pessoas. Comemo-las quando surge o desejo. E nada nos trava. Ouça aqui o novo episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'.

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    6 mins
  • Dos iogurtes passou para os pudins e agora até está nos queijos: a saga da comida proteica
    Jul 3 2025

    O horror começou com uns iogurtes proteicos infiltrados de edulcorantes. Depois, Ricardo Dias Felner deu conta de que as prateleiras dos supermercados se enchiam de uns pudins bizarros, igualmente sintéticos como esferovite. E agora estamos na loucura do cottage cheese, um granulado seco, filho de um affair de motel entre um requeijão ultrapasteurizado e um pedaço de gesso.

    Foi muito rápida a passagem de um país alimentado a arroz com batatas (no mesmo prato) para um país com pavor aos hidratos e a tudo o que tenha menos de 10 por cento de proteína. “Proteína para o povo”, comenta o crítico gastronómico. Ouça aqui o novo episódio do podcast ‘O Homem que Comia Tudo’.

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    6 mins