O Capítulo 5, "O Ensino Central das Escrituras: O Que Crer e Como Viver", aborda o cerne da revelação bíblica: o que o ser humano deve crer acerca de Deus e o dever que Ele requer. As Escrituras revelam um Deus trino em Sua santidade, soberania, amor e graça, um conhecimento que é transformador e não meramente intelectual, gerando fé e adoração. Complementarmente, a Bíblia expõe o dever do homem de obedecer aos Seus mandamentos, amar e servir, conectando intrinsecamente fé e prática. A salvação pela graça, mediante a fé, exige uma vida santificada. Calvino ressalta que o verdadeiro conhecimento de Deus molda a auto compreensão e o dever, e Berkhof enfatiza que a teologia visa a piedade. O propósito não é só informar, mas transformar o crente.

Com um tom que busca ser ao mesmo tempo teológico e pastoral, o Capítulo 4 desvenda, de forma fluida, como reconhecemos a Bíblia como a inegável Palavra de Deus. Tecnicamente, ele aponta para a majestade intrínseca das Escrituras, sua notável pureza e a profunda harmonia que une seus livros, revelando um Autor divino. Dinamicamente, enfatiza o poder transformador da Palavra para convencer e converter, evidenciando sua origem sobrenatural. Contudo, pastoralmente, a certeza plena e inabalável é atribuída ao testemunho interno do Espírito Santo no coração do crente, que ilumina e persuade acerca dessa verdade essencial. Um convite profundo à confiança e à reverência.

O Capítulo 3 define as Escrituras Sagradas, Antigo e Novo Testamentos, como a única e infalível Palavra de Deus. Divinamente inspirada ("sopradas por Deus"), ela detém autoridade absoluta e final sobre fé e conduta. A Bíblia é apresentada como plenamente suficiente para guiar a salvação e a vida piedosa, revelando todo o necessário e sendo clara em sua mensagem central. Sua necessidade é enfatizada, pois a revelação natural é insuficiente para o conhecimento salvador de Cristo. Este pilar da fé reformada exige a submissão à sua autoridade para o crescimento espiritual e o discernimento cristão.