Rever minhas atitudes e perceber o tempo que desperdicei com coisas sem importância foi doloroso, mas essencial. Muitas vezes, as pessoas ao meu redor enxergaram um valor em mim que eu mesmo não via. Isso pode ser normal, mas, para minha vida e minha estabilidade, sou eu quem preciso enxergar esse valor antes de qualquer outra pessoa.

Nos tornamos a geração do agora. Se algo não acontece de imediato, sentimos ansiedade. Se estamos doentes, onde buscamos a cura? O tempo todo procuramos respostas rápidas, como se a espera fosse um erro.

Vocês já pararam para pensar no que nos motiva a fazer o bem? Será que a bondade é sempre desinteressada, ou no fundo esperamos algo em troca? Hoje, quero refletir sobre isso com vocês.

Quando somos mais jovens, a sensação de tempo infinito nos ilude. Aos poucos, percebemos que cada momento tem valor. Passamos a dar mais atenção às pequenas alegrias, às pessoas que realmente importam e ao que de fato acrescenta à nossa vida. Entendemos que o tempo não volta, então cada segundo precisa ser bem vivido.

As fases da vida moldam nossas relações, e nem sempre conseguimos manter a mesma proximidade com aqueles que já foram tão presentes. Mas isso não diminui a importância dessas conexões.

A distância do seu alcance estará associada ao grau de comprometimento que você coloca. Parece simples, mas, na prática, essa é uma das verdades mais desafiadoras de se aplicar.

Você já sentiu que precisava de alguém para se sentir completo? Que, no vazio da solidão, qualquer companhia parecia suficiente? A carência pode nos levar a buscar o amor nos outros, quando, na verdade, ele precisa nascer dentro de nós.

Quando falamos em 'sentir pouco', não estamos necessariamente dizendo que a pessoa não sente nada, mas sim que a intensidade emocional pode ser diferente. Algumas pessoas são mais reservadas, enquanto outras são mais intensas. O que é o meu caso.

E qual o seu?