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  • #49 O CORTIÇO, ALUÍSIO AZEVEDO, PARTE 6
    May 10 2021

    Este vai ser a sexta parte da leitura comentada de O cortiço, de Aluísio Azevedo. No último episódio, vimos que Leonie, uma prostituta de luxo, é amiga de todos no cortiço, cria a filha do policial Alexandre e sua esposa, Augusta, e tem carinho especial por Pombinha, a menina de 18 anos que está esperando menstruar para casar e que é a princesa da habitação popular, escreve cartas para os trabalhadores, faz o rol da roupa para as lavadeiras.

    Vimos que João Romão está com inveja do vizinho, Miranda, que conseguiu um título de barão. A leitura termina com uma briga entre o namorado de Rita Baiana, Firmo e o português Jerônimo, que leva uma navalhada. Jerônimo ataca com um varapau minhoto, que é uma arma de combate portuguesa, feita de um pau comprido. Essa é a segunda vez que a narrativa cita esses instrumentos de briga com pau. A outra vez foi o porrete de Petrópolis, dos capoeiras.

    Um incêndio feito pela Bruxa começa na casa em que Marciana morava com a filha, Florinda, bem na hora em que a polícia está invadindo o cortiço. Florinda foge dos maus tratos da mãe quando descobre que ela está grávida, e Marciana enlouquece, é despejada por João Romão e vai presa como mendiga.

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    1 hr
  • CONVITE
    Jun 17 2025

    Vem acessar o Literatura Oral onde todo o conteúdo está concentrado!

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    1 min
  • #38 SE HÁ FATALISMO NOS NOMES
    Mar 1 2021

    No último episódio, li a minha primeira colaboração para o Portal Paralelo 29, “Bovarismo coletivo”. Hoje vou ler parte de outra crônica para esse site, “Se há fatalismo nos nomes”, que foi publicada em 21 de fevereiro de 2021. O texto completo pode ser acessado em paralelo29.com.

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    9 mins
  • #37 BOVARISMO COLETIVO
    Feb 22 2021

    No último episódio, li o conto “O bebê de tarlatana rosa”, de João do Rio. É um conto com temática de Carnaval, mas que revela um enredo macabro. No episódio de hoje, vou ler uma colaboração minha para a coluna de cultura do portal Paralelo 29, que é um site jornalístico com notícias de Santa Maria, no RS, e região. Esta crônica foi publicada em 7 de fevereiro de 2021, e pode ser lida em paralelo29.com.

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    10 mins
  • #36 O BEBÊ DE TARLATANA ROSA, JOÃO DO RIO
    Feb 15 2021

    “O bebê de tarlatana rosa” é um conto escrito em 1910 e ambientado na cidade do Rio de Janeiro, onde o escritor morava. João do Rio é pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo. Ele viveu no final do século XIX e início do século XX, entre 1881 e 1921, e ficou conhecido por seu estilo dândi, polêmico, e representante da belle époque carioca.

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    33 mins
  • #35 AS IRMÃS, JAMES JOYCE
    Feb 8 2021

    Então Dubliners, ou Dublinenses, como eu vou usar aqui, é o livro de contos desse escritor considerado um marco da literatura moderna ocidental pelos experimentos que fez com a linguagem. É um livro lançado em 1914 e reúne 15 contos. James Joyce é irlandês, nasceu em Dublin, viveu entre 1882 e 1941, e nesses contos ele faz uma crítica à mentalidade dos habitantes de sua cidade natal, mas por metonímia, a crítica se estende a toda República da Irlanda. Lembra que a Irlanda é um país dividido desde 1921, entre República, que fica ao sul, com capital em Dublin, e Irlanda do Norte, um território menor, ao norte, vinculada ao Reino Unido, com capital Belfast.

    Essa mentalidade a que Joyce se opunha é moldada pelo catolicismo, pela moral da Igreja Católica do início do século XIX e que teve muita influência na formação social irlandesa, inclusive interferindo nas vidas privadas. Por exemplo, como criticava o uso de contraceptivos, as famílias católicas acabavam sendo muito numerosas, e com isso tendiam ao empobrecimento, como a gente viu no episódio sobre Jonathan Swift.


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    22 mins
  • #34 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO, FINAL
    Feb 1 2021

    Neste episódio, finalizo a leitura do romance Amor de perdição, do português Camilo Castelo Branco. No último episódio, vimos que João da Cruz foi morto pelo filho do almocreve que ele tinha matado há 10 anos, e que o pai de Simão o ajudou a se livrar da forca por assassinato, gerando a dívida de honra com a família Botelho, que faz com que o ferrador se torne protetor de Simão. Vimos que a comunicação entre Teresa e Simão foi restabelecida graças a João e à mendiga, que volta à cena. Mariana melhorou da doideira e volta a ficar “presa” junto com Simão, sendo sua empregada. Sim, porque ela passa o dia na cela junto, como se estivesse cumprindo pena.

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    1 hr and 7 mins
  • #33 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO, PARTE 6
    Jan 25 2021

    Amor de perdição foi publicado em 1862 e é interessante perceber as diferenças de recepção da obra naquele tempo e agora. A sociedade era completamente diferente, os valores eram outros, as mulheres tinham menos representatividade e a diferença social, no sentido de o que uma pessoa de uma classe ou de outra podia atingir na vida era ainda pior que hoje. Notem a diferença de tratamento, por exemplo, em relação a alguém com a idade do protagonista. Simão Botelho tem 18 anos e é tratado pelo narrador e dentro da trama como um homem feito, naquele momento em que ele chora por Mariana e o narrador diz que “chorou então aquele homem de ferro”. Hoje, uma pessoa de 18 anos é tratada mais como um adulto em formação ainda, um jovem adulto, deixando a adolescência. E com isso as expectativas que se tem de alguém nessa faixa etária são outras. O narrador faz referência ao tipo de amor dessa idade, como se fosse talvez o ponto alto da vida pra desenvolver o sentimento. Sem dúvida, é uma visão romântica e em consonância com as características do período literário.

    No episódio de hoje, chamo atenção ao tratamento dispensado ao corpo feminino, principalmente quando pobre.

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    1 hr