Fotografar a Direito cover art

Fotografar a Direito

Fotografar a Direito

By: Mário Pereira
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No podcast "Fotografar a Direito", Mário Pereira, autor do livro "Fotografia e Direito - Notas de bom senso para não juristas", descomplica o universo legal da imagem. Semanalmente, em 5 a 10 minutos, explore os direitos e deveres dos fotógrafos, com "notas de bom senso" que transformam o complexo em prático. Fotografe com liberdade. Proteja-se com conhecimento. #FotografarADireito #DireitosDosFotografos #DireitosEmFoco https://linktr.ee/marioserrapereiraMário Pereira Art
Episodes
  • Fotografaste um polícia? Vê o que podes PERDER (e como evitar)
    Nov 4 2025

    Pensas que tens o direito de documentar tudo o que a polícia faz? A lei é mais complexa do que parece. O risco imediato de uma fotografia indiscreta é real: podes ser alvo de um processo crime ou ter o teu equipamento apreendido. Isto acontece porque os agentes, mesmo fardados, mantêm o direito à sua imagem e voz.

    Existe uma falácia de que "se está de uniforme, pode ser fotografado". Na verdade, o rosto de um agente identifica a pessoa, não a função. Neste episódio, nós traçamos a linha legal entre a fiscalização cidadã legítima e a exposição pessoal que configura um crime. Entenderes esta distinção é crucial para protegeres a tua liberdade e garantires que o teu portefólio é construído com responsabilidade legal.

    • O risco da pessoa vs. função: O que identifica o polícia é a farda, não o rosto. Fotografar deliberadamente o rosto é fotografar o indivíduo, o que viola o seu direito à imagem, salvo raras exceções.

    • Voz é o risco máximo: Gravar palavras não públicas (instruções dadas a terceiros) é ilícito pela simples ausência de consentimento, duplicando o teu risco legal.

    • A estratégia legal: Documenta o contexto (o evento, o local de interesse público), não rostos específicos. Se precisares de publicar, a desfocagem é uma ferramenta acessível e responsável para documentar o facto, protegendo as pessoas.

    Não deixes que uma fotografia viral comprometa a tua carreira e te custe um processo judicial. Ouve o episódio completo agora e aprende a documentar a realidade de forma honesta, respeitando os direitos de todos.


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    8 mins
  • Os memes são ilegais? Entre o LOL e a prisão.
    Oct 28 2025

    Memes e Direitos de Autor: A apropriação digital é crime? Vamos conhecer o mito do "uso livre" e proteger-te do risco legal.

    Se és ativo nas redes sociais, sabes que a cultura dos memes é um fenómeno complexo. Neste episódio, iremos abordar a intersecção entre o humor online e a seriedade da lei, para que possas criar e partilhar sem medo.

    Iremos aprender que a utilização de material pré-existente (como as tuas fotografias), que na maioria dos casos é obra protegida, sem a devida autorização, configura, por princípio, uma infração de Direitos de Autor em Portugal. A nossa lei (CDADC) consagra a tua obra como um Direito Humano e Fundamental, contrariando a perceção, por vezes leviana, de que o conteúdo online é inerentemente "gratuito".

    É fundamental que saibas que o ordenamento jurídico português não adota a flexibilidade da doutrina de "Fair Use" (Uso Justo) dos EUA. Operamos com uma lista explícita de exceções legais. A tua defesa legal mais robusta reside no enquadramento estrito da criação nas exceções de caricatura, paródia ou pastiche. O pastiche, interpretado de forma ampla, engloba remixes e mashups. Para te defenderes, a tua utilização deve ser "transformadora", visando humor, crítica ou uma "interação intelectual" com o original.

    Contudo, tens de ter cuidado com o uso comercial. Iremos descobrir que o risco legal aumenta exponencialmente quando utilizas um meme para fins lucrativos (vendas ou publicidade). Este uso pode ser facilmente argumentado como causador de "prejuízo injustificado" e é um fator crucial que os tribunais considerarão ao avaliar a legalidade.

    Ouve, pois isto é um alerta sério: a ausência de autorização pode configurar o crime de usurpação, punível com pena de prisão até três anos e multa.

    Pontos-Chave:

    • A utilização de material protegido é, por defeito, uma infração. A intencionalidade humorística não é, por si só, uma permissão legal.

    • Portugal não aplica o "Fair Use". A defesa legal exige enquadramento nas exceções de caricatura, paródia ou pastiche.

    • O uso de memes para fins comerciais aumenta exponencialmente o risco legal e as sanções.

    • Violações graves podem configurar o crime de usurpação, punível com prisão e multa.

    • Tens direito a um processo de reclamação e recurso "eficaz e rápido" perante as plataformas (Artigo 17.º), incluindo revisão humana da remoção.

    Não arrisques desnecessariamente a tua liberdade criativa! Se tens dúvidas sobre a legalidade do teu próximo projeto, ouve este episódio agora e protege a tua arte.

    Fotografa com liberdade. Protege-te com conhecimento.

    Tens alguma questão sobre a qual gostavas de ter aqui alguma dica? Deixa-a nos comentários.

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    Livro “Fotografia e Direito - Notas de bom senso para não juristas”

    #FotografarADireito #DireitosEmFoco #Portugal #FotografiaEDireito #DireitosDosFotografos #DireitoPortugues #LiteraciaJuridica


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    8 mins
  • Verdade e consequência, a fotografia na era das fake news
    Oct 20 2025

    Neste episódio, exploramos a relação complexa entre a fotografia e o conceito de verdade, questionando a percepção comum de que a imagem é um espelho fiel da realidade. Abordamos como, apesar da sua aparente objetividade técnica, a fotografia é intrinsecamente uma construção e uma interpretação.

    • A crença enraizada de que a fotografia é um registo fiel e objetivo do mundo é desafiada, explorando a sua natureza como meio de representação.

    • Analisamos diversas perspetivas filosóficas sobre a verdade, desde a correspondência clássica de Platão e Aristóteles, passando pela dúvida metódica de Descartes, o desvelamento de Heidegger, até às construções sociais de Nietzsche e Foucault. A verdade é sempre uma relação mediada e dinâmica.

    • Discutimos como a fotografia, mesmo sem manipulação digital, pode distorcer a perceção através de escolhas técnicas e subjetivas, como o enquadramento, a perspetiva, a escolha da lente e o momento do clique.

    • Apresentamos o caso prático de Santa Apolónia, um incidente no fotojornalismo português que ilustra como uma fotografia, isolada do contexto, pode criar falsas verdades e levar a interpretações erradas com consequências graves.

    • Exploramos as implicações jurídicas destas distorções, abordando o direito à imagem, crimes como difamação, publicidade enganosa e violação de dados pessoais.

    • Sublinhamos a crescente complexidade na era das redes sociais, onde a circulação de imagens fora de contexto amplifica o problema da distorção e das "fake news", dificultando a distinção entre o real e o fabricado.

    • Concluímos que a verdade na fotografia é uma aproximação multifacetada, exigindo uma consciência crítica e uma responsabilidade ética e legal redobradas por parte de quem capta, divulga e consome imagens.

    Prepara-te para questionar, contextualizar e debater a "verdade" que as imagens nos apresentam.

    Fotografa com liberdade. Protege-te com conhecimento.

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    7 mins
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