Entre o diagnóstico e a trajetória rumo à cura de um câncer existe o medo, a dúvida, a dor… porém, em pessoas de grandeza solar, também surge um sentimento que parece não ser compatível com esse cenário: a felicidade.

E a felicidade é como uma moradora folgada, encontra espaço em qualquer coração que a acolha e faz dele a sua casa.

A capacidade de ser feliz de quem escolhe amar a vida supera qualquer dificuldade, até as doenças mais temidas. Quem nasce para ser sol carrega a força de resistir, basta um fio de luz para vencer a escuridão.

A história da Gabi é marcada por uma genética que influenciou sua doença, mas, como sou eu que estou contando a história, não admito dar a doença um papel maior do que o legado que sua mãe deixou.

O legado que a Gabi recebeu de sua descendência é o de anunciar a felicidade em estar viva, nesse episódio, ajudo a propagar sua mensagem, e de alguma maneira, eternizar essaescola de sabedoria.

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Citados no episódio:

- Matéria sobre câncer: https://www.cofen.gov.br/brasil-deve-registrar-73-610-novos-casos-de-cancer-de-mama-ate-2025-aponta-inca/#:~:text=Estima%2Dse%20que%20o%20Brasil,at%C3%A9%202025%2C%20aponta%20INCA%20%2D%20Cofen

- Gabriela cortando cabelocom os filhos: https://www.instagram.com/p/DGlC40QO2ABjt-xfxklXxELUXfmGsYgbuznapA0/

Nas ruas de Recife, com todos os sentidos expostos, recebo um presente. Tem sentimento que é tão bonito que inaugura a eternidade dentro de nós, nos faz sentir infinito.

A poesia está em tudo, o olhar atento da minha mãe me ensinou. Fiz dessa cena uma filosofia de vida.

Fiz da minha vida um emaranhado de várias filosofias. Compartilho algumas nesse episódio.

Nós precisamos alfabetizar nosso olhar para ler a poesia presente na vida.

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Citados no episódio:

* Poema "Aninha e suas pedras" - Cora Coralina

* Dom Casmurro - Machado de Assis

* Paulo Leminsk

* Música Chão de Estrelas - Nelson Gonçalves

* Filme A Sociedade dos Poetas Mortos

Nesse episódio narro o dia em que consegui atingir dois extremos da altitude: o topo de uma montanha e o fundo do poço. Os dois ao mesmo tempo.

Hoje, quando volto o olhar para meu momento de maior fragilidade, em que enfrentei um tratamento de depressão enquanto tentava passar na prova da OAB, reconheço em mim uma força e uma maturidade que só puderam nascer de dentro desses anos de revezes.

As minhas dores me forjaram, e compreendo, como Khalil Gibran, que a dor é a passagem inevitável da ignorância para a consciência, é ela quem quebra da casca que envolve seu entendimento.

Um episódio que cabe para qualquer dia, mas que serve especialmente para os dias difíceis.

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Citados no episódio:

Khalil Gibran - O profeta

Rubem Alves - Morangos à beira do abismo

Eu tinha cerca de 17 anos quando isso aconteceu. Cheguei em casa aos prantos, deitei no colo dos meus pais e confessei que não suportava mais o trabalho que tinha, que não sabia o que fazer da minha vida.
Meu pai, que sempre fez do trabalho um dos pilares que sustentaram nossa família, me disse que, se eu quisesse pedir demissão, estaria ao meu lado. Eu me sentia a pior pessoa do mundo ouvindo isso dele... logo ele, que sempre enxergou o trabalho como algo essencial, me acolhendo na decisão de desistir.
Meu pai me ensinou que família é sinônimo de segurança. Embora não fosse possível evitar, todas as vezes que o mundo desabava, sabia que tinha os braços dele para me amparar.
Ser amado é sempre bom e necessário, mas nos momentos de fracasso, quando acreditamos não ser dignos desse sentimento, o amor chega como um mertiolate em uma ferida: não elimina a dor, mas ajuda a sarar.
Essa é apenas uma pequena amostra do afeto que inundou minha vida desde o dia em que nasci. Se não fosse esse amor que recebi dos meus pais, talvez hoje eu estivesse apenas em busca de uma boa vida, e não aqui, falando sobre viver bem em mais um episódio.
Eu eternizei minha mãe por aqui, e agora meu pai.

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No feriado de 21 de abril, me preparei para gravar este episódio. Não imaginava que seria justamente nesse dia que Deus chamaria mais um de seus anjos de volta ao céu.
Foram necessários mais de cem dias até que eu conseguisse retornar a esse episódio, um tempo que me fez refletir sobre as muitas injustiças que Francisco enfrentou durante seu papado, tempo de aprender a esperança a partir da escola que ele foi para nós.
Ainda é doloroso viver num mundo sem sua presença afetiva e corajosa. Este episódio é, para mim, um tributo a esse homem que reacendeu minha fé.
Francisco certa vez disse que era apenas um passo dentro da Igreja. Enquanto houver caminhos, seremos a continuidade de seus passos.

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Citado no episódio:• Retrospectiva Globo JMJ 2013: https://www.youtube.com/watch?v=7GsoZ0P6ykA

Neste episódio, compartilho um dia que começou como mais uma consulta médica e acabou me revelando muito mais do que um possível diagnóstico.

Carl Jung chamou isso de sincronicidade: quando o mundo externo responde ao que vibra no nosso mundo interno.

O estoicismo aponta que existe uma tendência natural da vida nos empurrar em direção àquilo que precisamos enfrentar.

Nem tudo que nos acontece tem explicação lógica, mas tudo carrega um significado.

Citados no episódio:

Voo dos pássaros: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/por-que-alguns-bandos-de-passaros-se-movem-em-forma-de-v,03fac4bdea737310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html?utm_source=clipboardCleonice, professorade escrita: https://www.instagram.com/entrelacosestudio/

Era eu contra um professor. Sem paridade de armas, sem equilíbrio de forças. As palavras dele pesaram mais do que eu podia suportar. Naquele momento, perder a guerra não foi uma escolha. Era minha única saída.

Mas o tempo, aliado à reflexão, me trouxe outra estratégia. A minha vingança contra esse algoz não veio da revanche. Veio da filosofia estóica. Foi ali que compreendi: a paz que eu desejo ao mundo precisa, antes, encontrar morada em mim.

Talvez você também tenha cruzado com alguém assim: que te feriu, que te diminuiu, que te fez duvidar de quem é.

Este episódio é um tributo aos nossos vilões. Ou melhor, um presente...

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Entre chinelos, estrelas e geologia, ela: a saudade.

O mundo já nos presentou com toda a sabedoria que precisamos para viver bem. O próprio tempo contribuiu para revelar o significado oculto do que fica abaixo das águas, como um dia foi Vila Velha.

A saudade me encontrou no desejo de voltar a criar episódios para o Apressa-te, que a saudade te encontre para te lembrar que esse sentimento é um privilégio de quem se apressa a viver bem.

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Citados no episódio:

-Crônica "Sem título" da Clarice Lispector

-Livro "123 Variações Sobre Um Mesmo Tema" do Humberto Gessinger