"Se há uma arte de reinar, essa não podem os monarcas aprender, Deus a infunde"

Nenhuma arte é aprendida, pois vem com a pessoa.

O homem é inimitável, um caso único

Jamais surgirá no mundo um homem que seja a cópia de outro homem.

"Edição única", "Exemplar único"

Edição única que, à medida que se aprimora, se autoedita se relançando em novas edições.

O homem é um livro escrito no mundo, a palavra de fez carne.

Muitas são as edições da carne impressa.

Há escritores que deixaram muitos livros, sempre relançando novos livros em vida.

Uma visão única impressa em seguidos exemplares.

O último livro de Machado foi no ano de sua morte, a morte da Vaidade.

Memorial de Aires teria sido em lembrança de Matias Aires, autor da obra única "Reflexões sobre a vaidade dos homens".

Ainda que não escreva nada, cada animal falante constitui uma edição única, que não permanece na estante, na morte desaparece completamente levando consigo a matriz original.

Jamais haverá outro

Um exemplar único.

O ódio é o fundamento do Eu.

O Eu sente ódio porque sabe que não pode fazer o que quer, pois existem as Leis.

O Eu é obrigado a respeitar as Leis, por isso, ele sente ódio.

O Narcisismo do Eu, no amor por si mesmo, é obrigado a se manter reprimido diante das Leis.

O Narcisismo foi o fracasso de Freud na psicanálise.

Que saiu apressadamente para corrigir a teoria em 1914, aos 58 anos de idade.

Machado de Assis, no conto "Viagem à roda de mim mesmo" (1885), mostrou como o garotinho Plácido aprendeu, com o pai, a ser obediente à Lei, embora o tivesses desrespeitado indo de novo roubar frutas no quintal do vizinho.

O Narcisismo não foi um fracasso para Machado, pelo fato de que, desde jovem, Machado desejou se destacar como escritor.

O Narcisismo é o desejo de sucesso pessoal, e é comum, em função do sucesso, correr algum risco infringindo algum tipo de código.

O ódio decorre do medo de cometer infrações: qualquer pessoa gostaria de poder roubar sem ser punido.

Mas a Lei proíbe.

Por isso o ódio.

O ódio está na estrutura do Eu: ele gostaria de roubar, cometer crimes, mas é proibido.

Minha alucinação é suportar o dia a dia.

As imagens alucinam.

Produzem alucinações.

A origem da alucinação.

O traço unário da IDENTIFICAÇÃO.

O bigodinho de Hitler.

“Mexeu com uma, mexeu com todas”.

“O lugar da mulher é onde ela quiser”

“Não, é não”

Mulheres sem identidade unidas em Psicologia de Grupo.

Narcisismo é RESSENTIMENTO.

“Se eu pudesse viver novamente minha vida”

O pacto de Mefistófeles.

O Narcisismo sempre passa oculto por detrás dos objetos.

“É saudável focar no objeto e esquecer o Eu”

-Esquece, deixa de ressentimento, você é um ressentido, vai trabalhar, viajar, não fala mais nada.

A imagem muito perturbada.

Mataram os valores simbólicos.

Só se fala mal:

Matar Deus, Matar o Pai, O Patriarcalismo está morto.

Se sentir superior matando o Simbólico.

Desorganizando a estrutura simbólica.

“VOU MATAR QUEM FOR MAIOR QUE EU, E SEREI O MAIOR”

A vida está amarrada à imagem.

Mas não tanto assim que não possa se separar, pois, na morte, a imagem se separa da vida e o que sobra é a imagem que foi vivida.

O Narcisismo falhou na humanidade.

A necessidade de pensar Maria Virgem tendo engravidado de Deus para encobrir um adultério, criou um mecanismo psíquico pelo qual a mulher em geral jamais poderá admitir uma falha – a falha Narcísica.

Não somente a mulher, também grandes pensadores, um deles, o Freud, que não poderia jogar abertamente ter falhado com o Narcisismo.

Todo o saber humano teria que ser revisto sob a lógica do Narcisismo.

Seria possível estabelecer norma ao Acontecimento?

Vai ver se eu estou na esquina.