7 de novembro é oficialmente o Dia do Radialista no Brasil. A data substitui o 21 de setembro, que ainda é lembrada por muita gente do meio, por ser o dia em que foi estabelecido o piso salarial da categoria em 1943.
7 de novembro é o Dia do Radialista por causa do nascimento do compositor e radialista Ary Barroso, em 1903. Muita gente conhece Ary por composições como Aquarela do Brasil e Na Baixa do Sapateiro, esta em parceria com Dorival Caymmi. No entanto, ele também foi um dos grandes nomes da história do rádio no Brasil e pioneiro em estilos de programa e criações para o meio.
A estreia de Ary se dá em 1932, momento em que o rádio começa a se popularizar. É nesse ano que a propaganda é autorizada por Getúlio Vargas e marca um novo tempo para as emissoras, que, com mais verba, passam a investir na contratação de grandes nomes da música popular e artistas de talento em diversas áreas.
Ary Barroso começa a ganhar destaque dois anos depois do início da carreira de radialista. Na Rádio Kosmos, de São Paulo, ganha o Hora H, que também teve uma temporada na Rádio Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro.
Neste episódio, você vai conhecer os grandes momentos da carreira do radialista Ary Barroso.
Capítulos:
00:00 Abertura
00:14 A origem do Dia do Radialista em 7 de novembro
01:00 A trajetória de Ary Barroso no rádio, desde a estreia na Rádio Kosmos, em 1932, até o momento em que apresenta o programa “Calouros em Desfile”, na Rádio Tupi.
02:08 Como era o programa “Calouros em Desfile”
02:39 Abertura e trecho do programa “Calouros em Desfile”
03:56 Como foi a participação de Elza Soares no programa de calouros apresentado por Ary Barroso, em 1953
05:31 O programa de auditório Toque Maestro promovia uma competição entre pessoas da plateia e os músicos da atração, como Pixinguinha
06:23 Abertura do programa Toque Maestro e trecho do programa
09:45 José Vasconcellos, no show “Eu sou o Espetáculo”, de 1960, imita Ary Barroso como apresentador do programa “Calouros em Desfile”
17:00 Radioteatro “Ary Barroso: Sua Gaita e sua História”, levado ao ar no primeiro dia do ano de 1950, pela Rádio Tupi
20:18 Ary Barroso conta como foi a infância, desde o nascimento em Ubá, Minas Gerais. Aos 8 anos, fica órfão e passa a ser cuidado pela avó
22:50 Aos 10 anos de idade, Ary Barroso começa a tomar contato com piano
25:00 Com 17 anos de idade, deixa Ubá e vai tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde estuda Direito e toca piano em orquestras para sobreviver
28:05 Em 1936, vai com Luiz Peixoto a São Paulo. Ambos passam a trabalhar na Rádio Kosmos, onde Ary Barroso atua em programas humorísticos
29:49 O jornalista e biógrafo Sergio Cabral conta como surge a ideia de utilizar uma gaitinha como marca sonora nas transmissões esportivas, na hora do gol
33:11 Ary Barroso explica como chega ao som de uma gaita como “vinheta” para marcar a hora do gol nas transmissões de futebol que fazia pela Rádio Tupi
37:49 Em 37, faz a primeira viagem aérea para narrar a final entre Argentina e Brasil no Sul-Americano. O jogo acontece em Buenos Aires, no campo do San Lorenzo, em clima de guerra. Ary sofre agressões por ser brasileiro
41:20 Em 38, o radialista é transferido da Rádio Cruzeiro do Sul para a Rádio Tupi, onde passa a ganhar um salário mais de 3 vezes maior
43:40 Ary Barroso enfrenta exclusividade da “Rádio Byington” para a transmissão de jogo entre as seleções Paulista e Carioca, em 1941, e narra a partida diretamente do Palestra Itália, em São Paulo
46:00 Entrevista com Flavio Barroso, filho mais velho de Ary Barroso, nos anos 80, para o Jornal do Brasil. Ele conta que a música mais importante para o pai era Terra Seca, uma composição que foge ao “ufanismo” com o qual fica conhecido.
47:35 Ary Barroso treina a qualidade de sua oratória em um bar de Ubá, ainda na mocidade
50:57 Aquarela Brasileira, samba-enredo de 1964 da Império Serrano, é apresentado na avenida. Enquanto era homenageado, Ary Barroso morre de pneumonia em decorrência de uma cirrose hepática