Em julho de 2014, a pacata cidade de Botucatu foi palco de um crime brutal que chocou a comunidade. Laurindo Pires Marques, um corretor de imóveis português de 68 anos, foi assassinado em um plano arquitetado por sua própria esposa, Antônia Electa Santucci. Movida por rancor e desejo de vingança, ela recrutou sua irmã, Silvana Zildete Santucci de Oliveira, e um grupo de adolescentes, além de Leandro Rogério Teles, de 19 anos, para cometer o assassinato.

Laurindo foi estrangulado dentro de sua própria casa e seu corpo foi deixado próximo a um canavial, ao lado de sua caminhonete, numa tentativa de encobrir o crime. No entanto, a investigação revelou inconsistências nos depoimentos e expôs a trama cruel por trás do homicídio. Mensagens trocadas entre os envolvidos, registros de chamadas e depoimentos de testemunhas foram cruciais para desmontar a farsa e levar os responsáveis à justiça.

Em março de 2018, após um julgamento que durou mais de 20 horas, Antônia foi condenada a 23 anos de prisão por homicídio qualificado e corrupção de menores. Silvana recebeu uma pena de 2 anos, enquanto Leandro foi sentenciado a 14 anos por sua participação direta na execução do crime.

Este caso, além de chocar pela brutalidade, evidenciou como um crime meticulosamente planejado pode ser desvendado pelos detalhes – e como a verdade, por mais escondida que esteja, sempre vem à tona.