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CRONICANDO

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By: Victor Hugo Mendes
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Este é um podcast alternativo sobre questões politico, social e culturalVictor Hugo Mendes Politics & Government
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  • JLO Anão político, Unita sem atitude
    Apr 24 2025

    Opinião apresentada ontem na Radio Comercial Despertaá

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  • CONVERSA INTELIGENTE - LUDMILA GOURGEL
    Apr 19 2025

    Uma jovem que adora comunicar e que tem feito o seu caminho

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  • ADEUS PROFESSORA OLGA
    Apr 17 2025

    Começou em 1954.

    Malanje rende-se ao seulegado,

    Partiu para terra como ca chegoua terra; sem vaidades, sem posses, luxos e nem mais. Conseguiu, apenas, tersido uma referência para muitas gerações. Foi apenas, apenas uma professora,educadora e sempre amiga.

    Foi uma simples mulher, dobairro da Maxinde, que viu na educação a mina de ouro para formar homens emulheres e lançá-los para o terreno do desenvolvimento. Ensinou a ler e aescrever à todos. E não são poucos os que se sentaram nos bancos de madeiraarrojados ou em latas no quintal da sua humilde residência, uns dentro outrosfora. Eram os da classe baixa, média e alta. Filhos de Malanje hoje homens emulheres espalhados pelos 4 cantos do mundo, com famílias e histórias também paracontar.

    Como lembranças, deixou-nos umacasa e o seu Cláudio. A professora Olga de Azevedo, já não está entre nós. Morreuaos 88 anos de idade vítima de prolongada doença. Foi descansar eternamentejunto da avó Amélia, do tio Zeca e da professora Bela. Aos prantos, foi oValdir Cónego, o próprio escorraçado pelos do partido que me deu a tristenoticias. O Cuxi foi a busca dela em Malanje, ele e mais outros da minha geraçãopara depois ter sido cuidada pelo Cláudio, o baixinho amado da tia Olga. O mesmode sempre.

    Professora Olga, a mulher queum dia chegou a pensar em ser enfermeira morreu. Tinha a vocação para dar aulase foi o que fez até quando não mais teve forças.

    Serviu o país como pode. Ensinandoaqueles que viriam a ser os dirigentes de Malanje, de Angola e líderes emmuitos lugares do mundo.

    Em 1960, África começava a vivera independência e por Angola os movimentos também se lançavam para a lutaarmada, enquanto a professora Olga de Azevedo, erguia a arma transformadora domundo. A combatente do silêncio permitia que noutras áreas os barulhos do seutrabalho fosse, décadas depois ouvido.

    O ensino foi o amor da suavida, um amor muito, muito grande, algo que lhe recuperava o espírito, e era desegunda a segunda, a ensinar a ler, a escrever e partilhando muita da sua sabedoriaque se ganha com o tempo. Mesmo com a sua deficiência física, a professora Olgade Azevedo, ensinou Malanje a crescer.

    Mulher que sempre esteve noseu canto, sem nunca ser mediática, tem frutos em todo lado e áreas da vida. Quempassou pela tia Olga, reconhece os seus feitos, o maior feito que uma pessoa podeplantar a noutra.

    Educar, ensinar a ler eescrever. Mas mais do que isso, ensinava os alunos a trabalhar, os valoresmorais e cívicos. Uma boa professora deve conhecer a psicologia infantil. Este éo legado da professora Olga que nunca teve filhos uterinos.

    Muito obrigado, tia ouprofessora Olga Augusto Carlos de Azevedo 1936-2025

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