A Luz Que Escuta a Terra cover art

A Luz Que Escuta a Terra

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A Estrada João Cornelsen, em Itapoá, sempre foi um ponto quente de fenômenos inexplicáveis. Foi por isso que o professor Ícaro Madureira, ufólogo da Universidade Federal do Paraná, decidiu investigar pessoalmente o local. Ele havia identificado padrões consistentes nos relatos de motoristas: luzes inteligentes que mudavam de direção, esferas silenciosas que seguiam veículos, falhas elétricas repentinas e casos recorrentes de perda de tempo.

Na noite de coleta de dados, Ícaro estacionou seu jipe em um trecho elevado da estrada. O ambiente era comum até que o silêncio tomou conta da mata. Uma névoa diferente, densa e direcionada, avançou entre as árvores. Minutos depois, uma esfera branca surgiu. Flutuava a poucos metros do chão, emitindo uma presença mais perceptível do que visível. O motor apagou, os equipamentos falharam e o relógio simplesmente congelou.

Ícaro sentiu um pulso frio atravessar o corpo. Para ele, foi um instante. Para o mundo, duas horas tinham se passado. O tempo perdido deixava de ser lenda e se tornava experiência direta.

No dia seguinte, ele encontrou um pequeno resíduo metálico preso a um galho. Era leve como papel, resistente, e parecia armazenar dados. A matéria não correspondia a nada conhecido. Nos dias seguintes, durante uma caminhada pela mata, Ícaro percebeu uma presença. Uma figura humanoide surgiu entre as árvores, alta e silenciosa, irradiando uma sensação de observação calma. A comunicação não veio por voz, mas por ideia. A mensagem era simples: você está observando, mas nós observamos há muito mais tempo.

Antes de desaparecer, a entidade deixou cair uma placa metálica escura. Ícaro percebeu que o objeto reagia à sua presença, como se estivesse coletando informações. Nesse momento, ele entendeu algo que mudava toda a investigação. A estrada não era palco de aparições ocasionais. Era um ambiente natural utilizado para estudar seres humanos.

O fenômeno nunca foi apenas visitação. Era monitoramento. E a pergunta que restava era clara: o que eles já aprenderam sobre nós?

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